sábado, 16 de maio de 2009

Homosexualismo


Homossexualidade é a preferência erótica por pessoas do mesmo sexo quando está presente a possibilidade de escolha, tanto nos pensamentos e emoções como nos comportamentos sexuais.
Para se ser “homossexual” é necessário que essa orientação seja estável e duradoura. Além dos comportamentos objetivos, inclui índices fisiológicos e cognitivos (pois é possível que haja indivíduos que se envolvam em atividades sexuais não preferidas através de fantasias sexuais preferidas).
Kinsey e os seus colegas preferiram avaliar a ocorrência de actos homossexuais do que avaliar as pessoas, propondo uma escala que revela que os indivíduos se colocam entre a exclusividade homo e hetero com todas as variações entre elas. Teve a vantagem de revelar que se pode não ser ou hetero ou homo exclusivos, mas teve o defeito de desvalorizar a questão da identidade sexual.
Baseada nas reações psicológicas e na experiência objetiva, os indivíduos são avaliados para cada fase etária.
1. Exclusivamente heterossexual, sem homossexualidade
2. Predominantemente heterossexual, só ocasionalmente homossexual
3. Predominantemente heterossexual, mas mais do que ocasionalmente homossexual
4. Igualmente homossexual e heterossexual
5. Predominantemente homossexual, mas mais do que ocasionalmente heterossexual
6. Predominantemente homossexual, mas ocasionalmente heterossexual
7. Exclusivamente homossexual Os primeiros dados fiáveis sobre a prevalência vêm-nos dos trabalhos de Kinsey (1948) indicando que quase 4% dos homens são homossexuais exclusivos o mesmo acontecendo com quase 2% das mulheres, para a duração da vida.
Algumas revisões e críticas destes dados, feitas posteriormente, indicam prevalências menores (2-2,5% nos homens, 1% nas mulheres). Prevalências muito superiores são adiantadas por alguns movimentos “gay”, mas sem estudos credíveis que as justifiquem.
No entanto, segundo Kinsey, se incluirmos os indivíduos que tiveram pelo menos uma experiência homossexual nas suas vidas, os números aumentam muito (20 a 37% dos homens, 6 a 28% das mulheres). Provavelmente será sempre difícil apurarmos os números reais sobre a prevalência da homossexualidade na nossa sociedade, por razões óbvias.
Estudos vêm desmentir uma idéia muito difundida entre o público: a prevalência da homossexualidade não tem vindo a aumentar nem a diminuir. O que aconteceu nas últimas décadas, em especial no Ocidente foi o desenvolvimento de uma atitude social mais tolerante e culturalmente mais aberta, facilitando o fortalecimento e a visibilidade dos movimentos “gay”, e possibilitando que haja cada vez mais homossexuais que individualmente se assumem como tal.
Não sabemos qual é a causa da homossexualidade, como não sabemos qual é a causa da heterossexualidade ou da bissexualidade. Há quem acredite que a sua causalidade será eventualmente encontrada através de pesquisa biológica, em laboratório.
Acreditar numa explicação biológica para a orientação sexual não significa que ela seja geneticamente determinada. Toda a nossa vida mental envolve processos biológicos, e portanto, a nossa orientação sexual, os nossos gostos pela música ou as memórias das nossas últimas férias, estão gravadas num qualquer substrato bioquímico cerebral. Assim, tanto os fatores genéticos como os do ambiente nos influenciam, através das suas ações nas estruturas cerebrais específicas.
Não conhecemos ainda os fatores que determinam a orientação hetero, homo ou bissexual. Há, no entanto, indicações que a orientação sexual, especialmente nas mulheres é influenciada por acontecimentos que ocorrem durante o período inicial do desenvolvimento fetal quando, sob a ação das hormonas esteróides sexuais, o cérebro se diferencia sexualmente.
Estudos de familiares de gêmeos, que, no entanto, necessitam de ser replicados, mostram que os genes desempenham um papel importante num sub-grupo de homens homossexuais mas não sabemos se esses genes operam através da alteração do nível de esteróides sexuais ou ainda por outros meios;
Os fatores do ambiente também desempenham um papel, desde o grau de stress da mãe (ou outras influências ambientais) durante a gravidez, às interações com os pais e irmãos na infância ou as interações sociais e sexuais na adolescência e idade adulta. No entanto, tudo indica que os fatores do ambiente que intervêm precocemente são mais importantes do que os que intervêm mais tarde; Novos avanços são esperados nesta área se e quando se conseguir a identificação dos genes que influenciam a orientação sexual e pela descoberta dos mecanismos pelos quais eles exercem os seus efeitos. Logo que estes sejam conhecidos, será muito mais fácil estudar a forma como os fatores do ambiente podem interagir com esses mecanismos e influenciar os resultados finais.

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